Dr. Jonas Lenzi
Sobre
O caminho para ser um especialista em coluna é longo.
Comecei fazendo ortopedia e traumatologia. Logo depois, fiz residência em patologias da coluna vertebral na UFPR. Muitos se contentam em chegar nesse ponto, ao obter os títulos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT em 2010) e da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC em 2011). Alguns nem chegam até aqui.
Pra mim, me tornar um especialista exigia mais. Em 2017 fui aprovado na prova do World Institute of Pain (WIP – Budapeste), me tornando o primeiro ortopedista brasileiro com o título de Fellow of Interventional Pain Practice. Aprofundei os estudos em metabolismo ósseo, o que me levou a obter o título de área de atuação em densitometria óssea pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) também em 2017.
Meu julgamento crítico me fez refletir sobre o que poderia ser melhorado para o tratamento da coluna. Eu entendia sobre as patologias, dominava as técnicas intervencionistas e cirúrgicas, inclusive os procedimentos minimamente invasivos e a cirurgia endoscópica da coluna. Porém era claro que precisava entender melhor como uma pessoa funciona, como uma pessoa se sente e como ela se comporta nas diferentes situações.
O próximo passo foi me aprofundar no estudo da neurociência da dor e de como podemos usar tecnologias que podem ajudar. Um divisor de águas. Surgiram convites para palestrar nos congressos da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (SOBRAMID), da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo (ABOOM), South Florida Congress of Health e outros eventos satélites. O convite que mais me orgulha foi fundar e coordenar o Comitê de Neurociências e Tecnologias Associadas à Dor da SBED.
Sou Lean Six Sigma Black Belt e atualmente sou aluno regular do mestrado de Engenharia de Manufatura da UFPR e da pós-graduação do ProloDor – SinPain. São outras ferramentas que me habilitam assumir que busco ser especialista em entender e tratar a dor da coluna. O foco sempre foi e sempre será o paciente que sofre.
Gosto bastante da seguinte frase atribuída a Mark Twain: “Para aqueles que têm apenas um martelo como ferramenta, todos os problemas parecem pregos”. Para evitar me sentir apenas um braço mecânico que prescreve e opera, tenho obsessão por entender mais e por fazer sempre melhor.
Eu disse que o caminho era longo, mas isso não importa. Sinto o prazer e a felicidade durante a jornada que iniciou em um distante 2001.